Eu devo ter um problema com vizinhos. Ou então têm eles um comigo..!
Pronto vá… tenho alguns que são o melhor que poderia ter. Mas para não os incluir neste post insiro-os na categoria “amigos e família”. Agora, aqueles que são vizinhos mesmo, aqueles seres que compartem um mesmo prédio, uma mesma rua,… bem, há de tudo.
E eu cá acho que devem gostar que eu note a sua presença…. Vivendo durante 12 anos numa vivenda nunca tive problemas (Também quem tem problemas enquanto é criança..? )mas ultimamente tenho visto de quase tudo:
- Gente a gritar na rua como se estivesse a ser esfaqueada…literalmente;
- Mulheres a insultarem-se de forma a fazer corar as pedras da calçada (nunca imaginei que uma pessoa fosse tão criativa e tão sem fôlego!);
- Aparelhagens a fazer discoteca-sessão-matinée no andar de cima; Também já me aconteceu a versão disco-nocturna.
- Um miúdos de 3 anos de idade que passa 15 minutos a correr sem parar em cima do meu quarto (sim...15 minutos a correr) com intervalos de outros 15 minutos para depois recomeçar… Quando se farta atira com objectos pesados ao chão (é muito para uma criança de 3 anos, eu sei, mas ele é o super-kid), e entre isso ainda grita a plenos pulmões acompanhado pelos pais. (Em relação a este caso ressalto que já parti um guarda-chuva a bater no tecto – e de nada adiantou; a solução mágica surgiu com tampões para os ouvidos). Isto de dia. À noite são festas até às 2h.
- A nova aquisição involuntária foi um bebé recém-nascido para o outro lado do apartamento. (E os apartamentos no estrangeiro são tal mal isolados…)
Já aconteceu também em pleno estudo para os exames ter pessoal a começar a cantar num café que estava em festa, uma vizinha num aceso debate com a mãe acerca do pagamento da internet e hoje, por isso me lembrei disto tudo, música outra vez:
Então está uma pessoa a tentar concentrar-se para entender as diferenças ínfimas entre as partes de um cérebro, ao fim de um dia de estudo e começa a ouvir (como se a origem do som estivesse ali ao lado e não do outro lado do jardim) “Stop and stare, I think I’m moving but I go nowhere…”. E durou, durou.
Cada vez mais tem sentido pertencer àquele grupo do Facebook: “Sufro de SEMEN (Síndrome del Estudiante de Medicina Estresado* y Neurotico)".
*Os espanhóis lembraram-se de traduzir stress para estrés.