Domingo, 12 de Abril de 2009

Eostre

Ahh, Páscoa. Amêndoas, ovos de chocolate, folares,… Sol, flores, calor… Hmm, parece que desta vez nos ficamo só pela gastronomia, que os céus não estão para ajudar.
Se há coisa que me desperta a curiosidade (bem, até há muitas, mas digo relacionada com a época) é a origem desta festa. Desta e de qualquer uma. Acho que conhecendo as origens das coisas é muito mais fácil depois compreendê-las.
Se a origem cristã já é conhecida de todos, os coelhinhos e os ovos também já foram desmistificados em todos os noticiários - como símbolos da fertilidade.
O certo é que muito antes do cristianismo se impor, já se celebrava a primavera…  A primavera, o renascer da natureza, um despertar… – no fundo, o mesmo que hoje em geral se celebra: uma ressurreição.
Enquanto que por cá a palavra Páscoa deriva do hebreu “Pessach” (“passagem”, uma festa de libertação hebraica), em inglês, a palavra “Easter” (Páscoa) tem a sua origem, crê-se, em “Ishtar”.
Ishtar era uma deusa idolatrada na Acádia (uma região da antiga Mesopotâmia), representante da primavera e da fertilidade, e um dos rituais integrantes do seu culto ocorria na primavera, consistindo em pintar ovos e escondê-los nos campos.
 Ishtar foi, mais tarde, adoptada pela mitologia nórdica como “Eostre” ou “Ostera”. Também a esta deusa se atribuem como símbolos os ovos e as lebres.
 Segundo a mitologia nórdica, estava um dia Eostre sentada com crianças, que adorava, quando um pássaro pousou na sua mão. A deusa, através da magia, transformou-o numa lebre, o seu animal favorito. Contudo, as crianças repararam que, com o passar do tempo, o animal se sentia infeliz, já que não podia mais voar ou cantar e pediram a Eostre que o devolvesse à sua forma natural. A deusa acedeu mas não obteve sucesso: a magia já estava feita e durante o inverno os seus poderes diminuíam; assim que teriam de aguardar pela chegada da primavera em que talvez recuperasse toda a sua magia e pudesse anular o feitiço por algum tempo.
Com a chegada da primavera, Eostre recuperou os seus poderes e conseguiu, por momentos, transformar de novo a lebre em pássaro. Em sinal de gratidão, o animal pôs alguns ovos enquanto na sua forma original. Mais tarde, em agradecimento à intercessão das crianças, o pássaro de novo transformado em lebre, pintou os ovos que havia posto e distribuiu-os pelo mundo.
 
Como já se sabe, “Cada roca com seu fuso, cada terra com seu uso”.
 
O certo é que com o passar do tempo as tradições pagãs e cristãs acabaram por misturar-se. Já agora, não posso deixar de agradecer aos franceses que tiveram a brilhante ideia de começar a fazer ovos de chocolate! Uma maravilha desta época, a consumir com muita, muita moderação!
 
E com ovos ou sem, com coelhos, pássaros ou só com o Bobi ou Tareco lá de casa e cristãos ou não, desejo a todos uma óptima Páscoa!

 

ânimo: inspirada, depois de pesquisar
melodia: This Time - Jonathan Rhys Meyers (August Rush soundtrack)
redigido por cricri às 00:04
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