“Na sua parte anterior, a cápsula fixa-se ao redor da cartilagem de revestimento da rótula. Para o expressar de um modo didáctico, parece como se a rótula obturasse uma janela anterior desta cápsula.”
Depois de uma manhã de estudo de anatomia árida (entenda-se: ossos + articulações), e com o relógio a marcar o almoço com um tic-tac demasiado audível, qualquer acontecimento, por mais banal que seja, é motivo para uma pausa.
O facebook conta que até cãibras cerebrais acontecem durante o estudo; mais vale jogar pelo seguro)
Pelo que, no meio de tanta terminologia anatómica, a palavra “didáctico” cativou a minha atenção.
Viajei atrás no tempo até quando essa palavra ou, melhor, a conjugação “lúdico-didáctico” era um termo agradecido aos deuses no meu círculo social. Cada mínimo vislumbre seu tornava-se num objectivo a ser conquistado.
Refiro-me pois ao tempo em que exercícios/jogos assim intitulados assomavam nos nossos manuais escolares e nós, ainda-mais-jovens alunos interpelávamos o professor para embarcar na aventura que desse alguma diversão à monotonia da teoria.
Voltando à actualidade e à aridez anatómica… continuo a gostar do lúdico-didáctico. Ainda que agora o primeiro componente se tenha perdido, o outro traz alguma chuva. E com ela pode ser que cresça alguma forma de vida… e dê frutos.
No ano passado, eu e uma amiga descobrimos um eficaz método anti-stress: aulas de step!
Experimentámos e ficámos viciadas nessa rotina: depois de uma tarde de estudo tínhamos o exercício e o merecido relax.
A verdade é que as aulas eram super animadas e as coreografias acompanhavam as músicas conhecidas assim como a boa disposição da professora.
Contudo, acabou o ano, e a chegada do inverno manteve-nos mais entre a casa e a biblioteca.
Mas agora, depois de uma extenuante época de exames, e enquanto se recarregam pilhas... lá voltamos nós de novo.
E soube tãaaaaooo bem! :)
Saímos de lá super bem-dispostas, com um cansaço feliz, e com a sensação de estar bem viva depois de mexer cada centímetro do corpo.
Aconselho vivamente!
Pois bem, acabei os exames.
Há 2 dias, apesar de só hoje ter plenamente noção disso: ao estar frente ao computador sem nada paa fazer.
E o melhor? Não gosto de não ter nada para fazer!
Vá, admito... as primeiras duas horas souberam bem. Ver as notícias, andar pelas redes sociais, ver o mail ... hmmm... Pouco mais.
E depois disso? Ontem dei por mim a navegar pela wikipédia entre fármacos que o professor referiu na aula. Numa levíssima vontade de estudar. Mas afastei rapidamente esse pensamento ao recordar o último mês.
Janeiro correu melhor do que pensava em relação aos exames (e só mesmo em relação aos exames). Mas isso já é por si motivo para animar! :)
E mesmo no fim, acabei por desmarcar a minha viagem de 5 dias a Londres. Estava demasiado cansada para correr de lés a lés,de novo, a cidade, correr para apanhar autocarros, aviões e metros.
Fiquei pois em casa, entre sestas de um total de 8h, mais noites de sono de 12h. Estou quase pronta para outra! (sim, ainda preciso dormir mais)
Logo surgirá outra oportunidade!
Agora, quero mesmo é voltar à vida normal, sem precalços ou preocupações. E gozar um descanso de 15 dias... antes de começar de novo o hard-study!
PS: Vou começar o meu processo de descafeinização! Apesar de me ter tornado muito amiga de uns inicilamente inofensivos "café con leche" esses revoltaram-se numa tentativa de controlar o meu ritmo circadiano! ;)
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