“A dog has no use for fancy cars, or big homes, or designer clothes. All water log stick will do just fine. A dog doesn’t care if you’re rich or poor, clever or dull, smart or dumb. Give him your heart and he’ll give you his.
How many people can you say that about? How many people can make you feel rare and pure and special? How many people can make you feel… extraordinary?” John Grogan
Haviam-me contado o final de “Marley e eu” antes mesmo de ter visto o filme, há algum tempo atrás. E disseram-me, há alguns dias, que este era bastante triste. Assim, numa onda cinéfila de aproveitar esta semana, decidi espreitar o trailer. E eu, que nem sou muito de comédias, ri-me como em poucos havia feito!
Pois bem, confirma-se: o trailer é enganoso.
"Marley e eu" conta a história autobriográfica, narrada no livro homónimo de John Grogan, dos anos que a sua família compartilhou com o seu cão Marley, um labrador retriever. Assistimos a momentos doces, amargos ou hilariantes vividos desde o início da família, e ao longo dos anos: o que é ter um cão, amá-lo e as suas consequências.
Foi dos filmes mais tristes que já vi! Melhor, foi o filme em que mais chorei até à data. Já havia gasto uns pacotinhos de lenços antes: (não, não chorei no Titanic mas fi-lo em) Ice Age, O Diário da Nossa Paixão, Becoming Jane, Finding Neverland, …
Mas “Marley e eu” não me fez simplesmente deitar cá p’ra fora uma lagrimazinha.
Não… Ver este filme fez-me recordar o que é ter um cão, o que é ter um amigo em todos os momentos: de sol, de chuva, até mesmo de tempestade…, o que é ter alguém à nossa espera a cada vez que chegamos a casa sempre pronto para saltar, lamber…, e nos arrancar um sorriso quando acreditamos que nada mais o fará. O que é desesperar com a casa desarrumada, desfeita, sapatos roídos, ou ao ser arrastada pela trela, ou mesmo ainda parar a cada passeio para as pessoas fazerem festas e perguntarem se o podem levar para casa! Relembrei os momentos em que atirava o frisbee ou uma bola de ténis e a minha cadela corria para o apanhar, e quando corria só por esse simples prazer, adaptando o seu corpo ao movimento e ao vento, feliz, livre... E depois recordei como tudo isso acabou de repente, em três dias, e comigo à distância,… com dor, lágrimas e soluços.
Nunca pensei sentir-me assim apenas com um filme.
Mas no fundo… no fundo não é apenas um filme. É a vida do Marley…
…e da minha Íris.